quinta-feira, janeiro 03, 2013

Ser Tânia

Ser Tânia não é fácil. É ser muita coisa, é fazer muita coisa.

As pessoas olham-me muitas vezes como uma miúda mas a verdade é que esta miúda trabalha desde tenra idade, nunca teve nada de mão beijada, aprendeu que a vida custa, sabe dar valor à vida, à saúde, ao dinheiro, à família e amigos.

Esta miúda já é mãe. Com 31 anos tem um filho de 17 meses. Separada. Tem  a sua casinha, o seu espaço, mas tem uma vida atribulada. Ser mãe e ser mulher não é para todos...e muitas vezes as pessoas falam falam mas não sabem do que falam. Ser mãe é ter e ganhar competências em diversas áreas. 

A Tânia é mãe: amiga, médica, enfermeira, motorista, cozinheira, empregada de limpeza, eletricista, mecânica, jardineira, mulher do lixo, professora, central telefónica, farmacêutica, cantora, atriz, ginasta, atleta, psicóloga, costureira, contabilista...e tantas outras coisas.

Com uma licenciatura em Jornalismo a Tânia tem a sorte de trabalhar numa coisa que adora, trabalhar em rádio. Tem ainda outro part-time que a ajuda a ganhar mais uns trocos para pagar contas. Anda sempre a correr de um lado para o outro, dorme pouco, come a correr, acorda de madrugada e ainda assim tem sonhos e esperanças.

Paga os seus impostos, faz os seus descontos e quais são as ajudas que recebe do estado Português? Nada.

Agradece aos seus pais o apoio, o cuidarem do filho Rafael com muito amor e carinho, o que lhe permite por agora poupar numa creche. Há quem não tenha esta sorte e privilégio.

A Tânia tem que ter tempo para tudo, para os dois trabalhos, para o filho, para a família, para cuidar e manter uma casa, para os amigos...sobra-lhe pouco tempo para ela.

Ser mãe e mulher numa sociedade moderna e em crise não é fácil, caramba!

2 comentários:

  1. A Tânia é uma grande mulher. Mais, a Tânia é uma super mulher! Às vezes, nós homens, não damos o devido valor à mulher, à mãe, amiga e companheira... Dou-te valor, muito!

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  2. O grande problema das mulheres (e incluo-me no que vou dizer) é que também não damos o devido valor à nossa pessoa. Tenho valor sim, pena de às vezes me esquecer disso. Não me considero mais ou menos que outras mulheres, sou esforçada, trabalhadora e lutadora. Gosto de mim assim.

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